Plano contra Moro surge 20 anos após ataque a juiz que abriu terror do PCC

Principal chefe da facção criminosa, Marcola foi condenado por mandar matar Antônio José Machado Dias, em Presidente Prudente, no dia 14 de março de 2003

Plano contra Moro surge 20 anos após ataque a juiz que abriu terror do PCC
Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC. - Foto: Sérgio Lima/AFP

O plano do PCC de atacar autoridades públicas, entre elas o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, revelado nesta quarta-feira, 22, pela Polícia Federal, ocorre exatamente no mês de aniversário dos 20 anos do crime que inaugurou a prática do terror ostensivo pela facção criminosa.

No dia 14 de março de 2003, o então juiz Antônio José Machado Dias foi vítima de uma emboscada e morto a tiros em Presidente Prudente, interior de São Paulo, onde atuava como corregedor do sistema prisional. O crime teria sido uma retaliação pelo tratamento duro que dava aos líderes da facção, boa parte deles abrigada no complexo penitenciário instalado na região.

O principal chefe do grupo criminoso, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi condenado a 29 anos de prisão pelo assassinato do magistrado – outros três comparsas também foram sentenciados pelo crime.

O atentado contra Machado Dias foi o primeiro de um grupo criminoso organizado contra uma autoridade pública no país. Três anos depois, o terror do PCC ganharia as ruas em larga escala, com a onda de ataques contra agentes de segurança pública em maio de 2006. Os atentados, ocorridos entre 12 e 21 de maio, deixaram 564 mortos e mais de uma centena de feridos pelo país.

Autor: VEJA

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