Marinha decide afundar porta-aviões mesmo com proposta de R$ 30 milhões

Segundo Ministério da Defesa afundamento é inevitável diante das condições da embarcação. Navio desativado tem carga tóxica de amianto.

Marinha decide afundar porta-aviões mesmo com proposta de R$ 30 milhões
O NAe São Paulo, em 2004. - Foto: Poder Naval

O Ministério da Defesa e a Marinha confirmaram nesta quarta-feira (1º) que vão afundar o porta-aviões desativado São Paulo, que está vagando há meses no mar após ter a entrada vetada no Brasil e no exterior por conter uma substância tóxica no casco. Segundo a nota divulgada pelas duas instituições, o afundamento é inevitável.

 

Os dois órgãos também disseram que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai tomar medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para "reparar e salvaguardar os interesses do Estado Brasileiro", mas não detalhou quais serão essas medidas.

 

A decisão da Marinha ocorre mesmo após uma empresa da Arábia Saudita oferecer R$ 30 milhões para comprar porta-aviões aposentado.

A Marinha, que assumiu a operação do navio desativado no dia 20 de janeiro, disse que há um "crescente risco que envolve a tarefa de reboque" em função da deterioração das "condições de flutuabilidade do casco". Por isso, o órgão argumenta que há "inevitabilidade de afundamento espontâneo/não controlado". Argumenta também que não é possível adotar outra conduta, que não seja afundar a embarcação.

 

O porta-aviões aposentado foi levado para uma área a 350 quilômetros da costa brasileira, com aproximadamente 5 mil metros de profundidade. A região ainda está dentro das águas jurisdicionais brasileiras.

 

Fonte: G1

Link: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2023/02/01/marinha-decide-afundar-navio-mesmo-com-proposta-de-r-30-milhoes.ghtml