Polícia faz ação contra grupo investigado por roubar e torturar vítimas em encontros marcados por app LGBT+ em Porto Alegre

Foram apreendidos 10 celulares em dois endereços, nos bairros Partenon e Belém Novo

Polícia faz ação contra grupo investigado por roubar e torturar vítimas em encontros marcados por app LGBT+ em Porto Alegre
Delegacia de Combate à Intolerância investiga os casos de golpe via aplicativo. Foto: Redes sociais / Reproduçã

Uma ação contra o grupo que cometeu roubos e agressões após marcar falsos encontros, por meio de um aplicativo de relacionamento voltado à comunidade LGBT+, resultou na apreensão de 10 celulares em Porto Alegre. A ofensiva ocorreu na manhã desta terça-feira (14) e cumpriu dois mandados de busca e apreensão em duas residências, nos bairros Partenon, na Zona Leste, e Belém Novo, na zona sul da Capital.

 

Uma ação contra o grupo que cometeu roubos e agressões após marcar falsos encontros, por meio de um aplicativo de relacionamento voltado à comunidade LGBT+, resultou na apreensão de 10 celulares em Porto Alegre. A ofensiva ocorreu na manhã desta terça-feira (14) e cumpriu dois mandados de busca e apreensão em duas residências, nos bairros Partenon, na Zona Leste, e Belém Novo, na zona sul da Capital.

 

Ao menos seis casos, todos contra homens, foram registrados em Porto Alegre desde setembro do ano passado. Conforme a investigação, o grupo agia por meio do aplicativo de relacionamento Grindr, direcionado para a comunidade LGBT+.

 

Na plataforma, mantinham um perfil de casal, de dois homens que diziam buscar encontros casuais. Eles iniciavam conversas com as vítimas e, depois, marcavam encontro na casa delas. Ao chegarem no local, anunciavam o assalto.

 

As vítimas eram amarradas, sofriam diversos tipos de agressões e eram obrigadas a fazer transferências bancárias, de seus celulares, para a conta de um terceiro. Em três casos, os criminosos causaram prejuízo de cerca de R$ 30 mil. Eles também levavam eletrônicos e objetos de valor das casas.

 

De acordo com a delegada Andrea Mattos, o principal objetivo da operação, denominada Moedor, era apreender celulares, que podem indicar trocas de mensagens entre integrantes do grupo criminoso e também com as vítimas. Os 10 aparelhos apreendidos serão enviados para a perícia. O conteúdo pode ajudar também a identificar demais suspeitos da ação.

 

Segundo Andrea, os dois suspeitos não são os executores dos roubos, mas cumpriam outras funções no grupo. A mulher seria responsável por ficar em contato, pelo telefone, com a dupla que realizava o suposto encontro, repassando orientações. Já o homem, conforme a apuração, cuidava das transações financeiras do grupo. Nas duas residências, não foram localizados objetos roubados das vítimas, como televisões e caixas de som. A polícia acredita que os pertences tenham sido colocados à venda.

 

Conforme a delegada, esta foi a primeira etapa da ação que investiga os casos.

— Nós seguimos investigando os crimes. Sabemos que se trata de uma associação criminosa, há mais pessoas envolvidas. Temos seis inquéritos em aberto e mais alguns relatos feitos de forma anônima. Todos levam ao mesmo grupo, porque são ações muito semelhantes, é o mesmo modus operandi.

 

Andrea acredita que o s criminosos tenham feito mais vítimas, que não procuraram a polícia por medo ou vergonha. Ela pede que pessoas que passaram pela mesma ação ou que tenham informações sobre o caso procurem as equipes. O contato pode ser feito de anônima na Delegacia de Combate a Intolência ou pelo WhatsApp, no (51) 98595-5034.

 

Autor: GZH

Link: https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/noticia/2023/02/policia-faz-acao-contra-grupo-investigado-por-roubar-e-torturar-vitimas-em-encontros-marcados-por-app-lgbt-em-porto-alegre-cle4de4be0000016oea1ygc3v.html