Governo quer tratar militar como 2ª categoria, diz Mourão
Deputados do PT elaboram PEC que obriga a transferência de militares para a reserva quando assumirem cargos públicos.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que proposta de integrantes do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT, de não permitir que militares da ativa assumam cargos políticos busca tratá-los como “cidadãos de 2ª categoria”. Segundo o ex-vice-presidente, as Forças Armadas não estão preocupadas com a medida.
Deputados petistas elaboram uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para acabar com as operações militares de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O texto em articulação também obriga a transferência de militares para a reserva quando assumirem cargos públicos, mesmo que temporários.
Para o senador, acabar com a GLO é algo pensado só “para tacar fogo no parquinho” e que nada mudaria. “Não existe outra força capacitada. Não adianta ficar sonhando com guarda nacional, com sei lá o quê, porque isso não vai sair do papel jamais”, declarou. “Como é que eu vou te dizer, é só para tacar fogo no parquinho.”
Questionado sobre como vê o papel dos militares durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Mourão disse que a maioria era da reserva. “As coisas caem sempre em cima do pessoal do Exército”, afirmou. “O ministro Bento [Albuquerque] foi ministro de Minas e Energia sendo almirante da ativa e isso nunca foi mencionado porque é da Marinha. Passa despercebido”, continuou.
JOIAS
Mourão também falou sobre o caso das joias dadas pela Arábia Saudita ao governo Bolsonaro. Disse que não teve conhecimento da situação enquanto era vice-presidente.
Segundo ele, o transporte dos conjuntos “poderia ter sido feito pela mala diplomática” e “se tem alguém que transportou isso da forma que não era correta, essa pessoa vai terminar pagando”.
Mourão disse acreditar que Bolsonaro conseguirá explicar o caso. “Eu acho que é uma coisa simples. O TCU já deu 5 dias de prazo”, falou. “Parte delas [das joias] está lá na Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos. É só recolher e mandar para o acervo da Presidência. Aquele outro pacote que teria ficado com o presidente, ele entrega e acabou. Morre o assunto.”.
Autor: Poder 360